José Maria Lucena é acusado de não assumir as funções como prefeito. Foto: Redes Sociais
O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu nesta segunda-feira (9) o imediato afastamento o prefeito de Limoeiro do Norte, José Maria Lucena (PSB), por 90 dias. A saída do chefe do executivo municipal, de acordo com o MPCE, visa mitigar qualquer impacto negativo ao erário público em face da ausência prolongada do gestor municipal, que não é visto em Limoeiro do Norte há cerca de nove meses.
O MPCE também pediu que sejam devolvidos aos cofres públicos R$166 mil, e aplicou multa de igual valor, perfazendo um montante global de R$333 mil. Os valores são decorrentes de acusação de improbidade administrativa. A ação do órgão fiscalizador toma como base a suspeita de incapacidade física e intelectual do prefeito para manter-se no cargo. José Maria Lucena é tratado como prefeito sumido.
“Este órgão ministerial reputou DESENHADA a vexatória, teratológica e patente ausência do prefeito neste Município, sem autorização ou licença do Poder Legislativo, por longo período(…) Comprovado sua completa ausência no cotidiano da administração superior do município, recebendo remuneração indevida do erário municipal”, argumenta o Ministério Público.
Pontua-se que as investigações em torno da presença do prefeito no município ocorrem desde março deste ano, uma técnica do MPCE chegou a ir à sede do executivo de Limoeiro do Norte em duas oportunidades, e ao procurar pelo político se verificou sua ausência.
O MPCE alega que o gestor passa por difícil tratamento de saúde na capital cearense, sem solicitar o devido afastamento das funções executivas. A administração estaria sendo realizada por terceiros, sob liderança da filha de José Lucena, a deputada estadual Juliana Lucena (PT).

