A campanha de Roberto Cláudio (PDT) ingressou recentemente com uma ação contra o governador do estado, Elmano de Freitas (PT), e contra o senador Camilo Santana (PT). O pedetista afirmou que Camilo e Elmano teriam usado de abuso de poder econômico e político durante o pleito das eleições de 2022, e com base nisso pediu a cassação do mandato dos dois políticos. 

No início da semana, o Ministério Público Eleitoral do Ceará (MPE-CE) manifestou oficialmente sobre o caso. E em posição assinada pelo procurador substituto Edmac de Lima, o MPE afirmou-se favorável à cassação dos dois, além da inelegibilidade por um período de 8 anos, punição essa que seria estendida a vice de Elmano, Jade Romero (MDB), e as suplentes de Camilo, Augusta Brito (PT) e Janaina Farias (PT).

A ação impetrada por Roberto Cláudio alega que a então governadora Izolda Cela teria usado do cargo para favorecer eleitoralmente o candidato Elmano na disputa pelo Palácio da Abolição, bem como Camilo Santana, que buscava naquele período uma vaga no Senado Federal. 

Santana, que atualmente preside o Ministério da Educação, se disse surpreso com a posição do MPE. Ponderou que o encaminhamento visto não refletiria a posição do órgão, mas sim de um de seus membros. Camilo se disse ainda tranquilo, pois afirmou confiar na Justiça no julgamento do caso que será feito no plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. 

A Defesa de Elmano alegou que não houve observação ao todo dos elementos comprobatórios, e reforçou que não houve nenhuma irregularidade praticada pela campanha do hoje governador. 

Ainda não há uma data definida para que o TRE-CE proceda com o julgamento do caso.