Nesta segunda-feira (27) a petroleira brasileira Petrobras divulgou a suspensão da venda de refinaria Lubnor (Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste), localizada em Fortaleza, capital cearense. O anúncio foi feito por meio de comunicado enviado ao mercado financeiro. No texto, a empresa afirma que a rescisão se em “razão da ausência de cumprimento de Condições Precedentes nele estabelecidas até o Prazo Final definido em tal contrato (25/11/2023), em que pesem os melhores esforços empreendidos pela Petrobras para conclusão da transação”.

A confirmação do destrato foi comemorada nas redes sociais pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (Sindpetro Ceará-Piauí). “A privatização teria implicado em encarecimento das obras públicas, bem como representado uma ameaça à produção nacional de óleos lubrificantes sofisticados, exclusivos dessa refinaria”, destacou Fernandes Neto, presidente do Sindpetro Ceará.

A venda da Lubnor havia sido divulgada ainda em 2022, e o negócio estava estimado em cerca de U$$34 milhões. Todavia, salienta-se que desde as primeiras informações a venda do ativo da Petrobras enfrentava resistência. Os petroleiros reclamavam do valor da venda, já que eles estimavam um valor de mercado bem acima daquele que fora indicado para a transação, e a Prefeitura de Fortaleza também se colocou em oposição, levanod a questão para o âmbito judiciário. A prefeitura é proprietária de 30% do terreno onde funciona a refinaria.

Entretanto, mesmo diante das resistências o processo de aquisição da Lubnor pela Grepar. Lembra-se que transação chegou a ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), depois disso houve uma série de adiamentos do andamento do processo por parte da Petrobras e agora em face do não cumprimento de clausulas a petrolífera nacional optou pela suspenção da comercialização.