Foto: Senado Federal
A reunião de Cid Gomes junto com os demais dissidentes do PDT realizada na noite dessa segunda-feira (18), em um hotel na capital cearense, trouxe alguns pontos de encaminhamento. De acordo com o que foi divulgado, o grupo aprovou por ampla maioria a filiação ao PSB, o único voto contrário foi do deputado federal Guilherme Bismark, filho do prefeito de Aracati, Bismark Maia, que preside o Podemos. Guilherme votou pela ida do grupo para o partido comandado pelo pai.
Entretanto, mesmo com o largo apoio para filiação em massa no PSB, o anuncio oficial da ida do grupo para o partido foi adiada para janeiro. Segundo divulgado pelo próprio Cid Gomes, o adiamento visa resolver questões ligadas às alianças do PSB em Recife, cidade governada pela legenda.
O atual prefeito da cidade, João Campos (PSB), irá buscar a reeleição e tem manifestado interesse em manter o PDT no seu arco de alianças. Todavia, para colocar-se no palanque o PDT tem exigido que o PSB endosse a reeleição de Sarto Nogueira em Fortaleza. Cid levou essa questão ao seus correligionários, que compreenderam e irão aguardar o desdobramento.
Segundo o ex-governador cearense, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também solicitou que Cid aguardasse até meados de janeiro, a fim de “equacionar a questão”. Gomes afirmou que isso é necessário, já seria contraditório para o grupo deixar o PDT e em 2024 estar no palanque de Sarto Nogueira.
Cid relatou em entrevista que ouviu de Carlos Siqueira que o grupo será muito bem-vindo na legenda, que é necessário apenas encontrar uma saída a questão anteriormente apontada. “Ele disse que considera o nosso ingresso fundamental para o partido, inclusive permitindo ao partido assegurar já a superação da cláusula de barreira. E até rever uma necessidade inadiável de uma federação. Ele acha que esse grupo aqui no Ceará pode ter uma repercussão a nível nacional para o partido”, disse o senador em entrevista ao Diário do Nordeste.

