O prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) disse nesta segunda-feira (2), durante sabatina à TV Miséria, que acredita numa ampla renovação na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. Em entrevista exclusiva, o candidato à reeleição comentou como será uma eventual relação com o Legislativo caso seja reeleito. Desde o início de seu mandato, o gestor teve de lidar com um Legislativo onde a oposição tem ampla maioria.

“Eu acredito, sinceramente, numa ampla renovação. Mudou aquela realidade de que alguns poucos vereadores eram donos do poder, que subjugavam as pessoas, que para poder ter acesso alguma política pública tinha que se submeter a favores de vereadores. A população vai ter a sabedoria necessária, o discernimento necessário para mudar a realidade da Câmara de Vereadores, e só muda mudando as peças que lá estão”, disse o candidato.

“A Câmara não deve ser um puxadinho do Poder Executivo, que deve votar tudo de goela abaixo, que deve dizer amém às imposições do preito de plantão. A Câmara precisa cumprir o seu papel constitucional, e foi isso que aconteceu no nosso governo”, acrescenta.

Glêdson também teceu críticas à Câmara em relação à proposta de reforma da previdência. Na entrevista, ele alertou sobre o risco de colapso no Fundo de Previdência Municipal de Juazeiro do Norte (Previjuno), caso uma reforma não seja aplicada. Segundo ele, a proposta de reforma foi encaminhada à Câmara, mas o projeto foi devolvido ao Executivo, sem emendas e sem ter sido votado.

“Não votaram e agora vem dizer que tem rombo na previdência. Já estou dizendo faz é tempo: vai é quebrar a previdência. Eu mandei o projeto para a Câmara, os caras simplesmente não votaram, devolveram o projeto. Não fizeram emendas, não votaram sim nem não. Ela não vai quebrar hoje porque ainda temos no caixa mais de R$ 300 milhões, mas estou dizendo que um dia vai quebrar”, disse disse o candidato do Podemos.

Glêdson Bezerra ainda reforçou que sua gestão tem repassado em dias a contribuição patronal e a contribuição dos servidores. “Quanto é que a prefeitura de Juazeiro, no governo Glêdson, deve para a previdência? Zero. Tudo que se desconta do trabalhador a gente repassa. Teve prefeitos que passaram que descontaram do trabalhador e não repassaram para a previdência”, completou.

Assista a entrevista na íntegra: