Em Assembleia Geral realizada no final da manhã desta quinta-feira (15), os servidores municipais de Juazeiro do Norte votaram a favor da deflagração de greve geral. Os funcionários do município já vinham em estado de greve desde o início de junho. De acordo com as informações apuradas junto aos servidores, a perspectiva é que a paralisação dos serviços comece em 3 de julho. 

A greve faz parte das atividades da categoria em busca de uma ampliação do percentual de reajuste salarial oferecido pela administração juazeirense. No começo do mês a gestão enviou à Câmara Municipal projeto de lei que prevê uma recomposição de 5,79%, o equivalente à inflação do período. Os servidores reivindicam um valor mínimo de 10%. 

Pontua-se que o executivo juazeirense vem alegando que o contingente atual da folha de pagamento já ultrapassa todos os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Em entrevista concedida na última quarta-feira (13) a uma rádio do Cariri, o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) afirmou que os gastos da cidade com folha de pagamento estão em mais de 55%. O prefeito também classificou a atuação do presidente do sindicato dos servidores de Juazeiro do Norte, Marcelo Alves, como política. 

No legislativo a discussão também vem sendo guiada pelo volume de servidores contratados atualmente com vínculo. Sindicato e vereadores apontam que esse contingente de quase 4 mil funcionários contratados seria excessivo. O município nega o fato, e afirma que existem 700 servidores contratados a menos que em gestões anteriores, e pondera também que mesmo retirando todos os contratados, ainda assim a folha de pagamento estaria acima de 52%.