
Vereador Lukão - Foto: Reprodução/ YouTube
O suposto esquema de rachadinha dentro da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos de Juazeiro do Norte (Semasp) voltou a repercutir na Câmara Municipal nesta quinta-feira (20). Além do processo administrativo e da apuração conduzida pelo Ministério Público, ambos em andamento, vereadores querem abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para reforçar as investigações.
O assunto foi levantado pelo vereador Lukão (PSDB), que apresentou um vídeo com o ex-servidor Branco Júnior Siqueira, responsável pela denúncia do suposto esquema após ser exonerado. Ele entregou ao parlamentar capturas de tela de conversas com familiares da titular da Semasp, Genilda Ribeiro, além de comprovantes de transferências via PIX para o irmão, o pai e a mãe da secretária.
No vídeo, o ex-servidor relata que assumiu o cargo de coordenador de Arborização, anteriormente ocupado pelo irmão da secretária, que foi exonerado após recomendação do Ministério Público. Ele afirma que repassava mensalmente R$ 500 ao irmão de Genilda, o que correspondia a 20% de seu salário líquido de R$ 2.500.
“Existe um esquema de rachadinha dentro da secretaria, existem provas, existe uma testemunha e nós precisamos convocar a secretária, o irmão da secretária que trabalhava dentro da secretaria para que isso seja esclarecido. Nós temos um esquema de corrupção acontecendo dentro de uma secretaria”, disse o parlamentar ao sugerir a abertura da CPI.
Na quarta-feira (19), o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) afirmou ter determinado a abertura de um processo administrativo e encaminhado a denúncia ao Ministério Público. “O processo foi instaurado. Se trata de um secretário, funcionário de alto escalão, e o procedimento correto é encaminhar ao Ministério Público”, disse o prefeito.
Na Câmara, vereadores da base governista alegam que não há necessidade da abertura de uma CPI, uma vez que a denúncia já está sendo investigada administrativamente e pelo MP. “Já foi remetido ao Ministério Público. Quem tem mais força para investigar? Os vereadores ou Ministério Público e a Polícia Civil?”, questionou o líder do prefeito na Câmara, vereador Rafael Cearense (Podemos).