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Neste ano, o Prêmio Literário da Biblioteca Nacional incluiu uma nova categoria “Prêmio Akuli” com o objetivo de preservar cantos ancestrais e narrativas da oralidade, recolhidas no Brasil entre povos originários, ribeirinhos e de matrizes culturais. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até o dia 28 de julho, através da internet.
Concedido desde 1994, o prêmio é considerado um dos mais conceituados do país e tem como objetivo reconhecer a qualidade intelectual das obras publicadas no Brasil.
“A ideia é privilegiar a produção oral, quando ela passa a integrar a fixação, o livro, a memória que se recupera, porque a Biblioteca Nacional também é a casa da memória”, afirma o presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi.
O prêmio tem dez categorias: Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens), Romance (Prêmio Machado de Assis), Conto (Prêmio Clarice Lispector), Tradução (Prêmio Paulo Rónai), Ensaio Social (Prêmio Sérgio Buarque de Holanda), Ensaio Literário (Prêmio Mario de Andrade), Projeto Gráfico (Prêmio Aloísio Magalhães), Literatura Infantil (Prêmio Sylvia Orthof), Literatura Juvenil (Prêmio Glória Pondé), e Histórias de Tradição Oral (Prêmio Akuli). O vencedor de cada uma recebe R$ 30 mil.
Para participar, as obras devem preencher as seguintes condições:
- estar em primeira edição;
- terem sido publicadas no período de 1º de maio de 2022 a 30 de abril de 2023;
- terem sido escritas em língua portuguesa;
- terem sido publicadas por editoras brasileiras;
- estar em conformidade com a Lei do Depósito Legal (Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004);
- possuir número de registro ISBN (International Standard Book Number) válido no Brasil;
Prêmio Akuli
Akuli foi um célebre narrador de histórias ancestrais, pertencente à cultura Arekuná, que transmitiu ao etnólogo alemão Theodor Koch-Grünber a literatura oral que serviu de base para Mário de Andrade escrever o clássico da literatura modernista brasileira Macunaíma.

