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Ceará apresenta redução de casos de dengue, zika e chikungunya
Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (Sesa)
Yanne Vieira
Dengue
(Foto: Pixabay)

Nos primeiros quatro meses de 2023, as notificações das arboviroses dengue, zika, e chikungunya tiveram redução de 55,2%, no Ceará, em comparação com o mesmo período de 2022. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (Sesa).

De primeiro de janeiro até 14 de abril de 2023, foram notificadas 14.136 suspeitas de arboviroses. Dessas, a confirmação se deu em 22% dos casos. A dengue representou 85,3% das ocorrências, enquanto a chikungunya, 14%. Nenhum caso de zika foi confirmado no período e no mesmo intervalo de tempo, foi registrado um óbito em decorrência de dengue; outros sete seguem em investigação.

Em relação à chikungunya, 457 casos foram confirmados e 1.358, descartados. Observou-se um menor número de confirmações, se comparado a 2022 (5.260).

Em 2023, foram registrados 12 óbitos suspeitos de chikungunya no Ceará, sendo 11 descartados; um permanece em investigação no município de Fortaleza. Houve, ainda, 53 casos suspeitos de zika – 69,3% (37/53) foram descartados. Os demais seguem em avaliação.

Apesar da redução no índice, Roberta de Paula, titular da Coordenadoria de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador (Covat) afirma que a prevenção segue sendo importante, “isso não é motivo para descuidar da prevenção. Nos próximos meses, a tendência é de que as chuvas percam a intensidade, favorecendo a reprodução dos vetores. É hora de eliminar os reservatórios desprotegidos com água acumulada, um dos pontos de reprodução dos mosquitos”, destaca.

Cuidados simples como limpar o quintal e vedar caixas d’água evitam a proliferação do Aedes aegypti, transmissor das arboviroses. Até mesmo recipientes pequenos como tampas de garrafas, folhas e sacolas plásticas podem acumular água suficiente, tornando-se criadouros do mosquito. A atenção deve ser redobrada, especialmente a partir de maio, quando as chuvas começam a diminuir.

Foto: Bárbara Dantheias

Sintomas

De acordo com a infectologista Lorena Mendes, atuante no Hospital São José (HSJ), os sintomas das arboviroses são bem inespecíficos. “São comuns febre, dor de cabeça na região dos olhos, dor no corpo e nas articulações, com algum inchaço e manchas avermelhadas na pele, podendo apresentar coceira nos locais. Claro que a dengue pode ter sintomas mais graves, como sangramentos, diminuição da diurese, alteração de comportamento e sensório, dor abdominal e vômitos. Diante dessas manifestações, deve haver uma maior preocupação com o quadro”, orienta.

Ainda de acordo com a médica, a zika traz muita dor e edema nas articulações, bem como manchas vermelhas por todo o corpo, associadas à febre. A chikungunya, ela pontua, é uma doença com muita dor articular, com duração prolongada (meses) e possibilidade de evolução para um quadro de artrite, além de problemas neurológicos. “A dengue tem os sintomas mais conhecidos e é a doença que mais evolui para casos graves, necessitando, em algumas situações, de leito de terapia intensiva”, diz.

Mendes ressalta que os pacientes devem buscar ajuda, inicialmente, nos postos de saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “Toda pessoa com suspeita de arbovirose deve procurar atendimento na assistência primária. Após a avaliação médica, a continuidade do acompanhamento será definida”, afirma.

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