
Foto: Marciel Bezerra
O Ceará registra 55% de sua capacidade total de armazenamento hídrico preenchida após a conclusão da quadra chuvosa deste ano, conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Esse percentual corresponde a cerca de 10,2 bilhões de metros cúbicos de água, distribuídos nos 157 reservatórios estratégicos monitorados pela companhia.
O índice é semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado. Contudo, o volume de chuvas que chegou aos reservatórios foi menor em 2025. O aporte hídrico (volume de água que efetivamente entrou nos reservatórios) foi de 5,87 bilhões de metros cúbicos neste ano.
As Bacias Metropolitanas foram as que registraram o maior aporte hídrico, com entrada de 911,4 milhões de metros cúbicos em seus 23 reservatórios monitorados. “A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) pelo quinto ano consecutivo não dependerá do Açude Castanhão para o abastecimento”, afirmou o presidente da Cogerh, Yuri Castro.
Apesar dos bons indicadores em diversas áreas, algumas regiões ainda demandam atenção. A bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús finalizou a quadra com apenas 20% da capacidade hídrica acumulada. Já o Banabuiú, que chegou a secar entre 2015 e 2018, está atualmente com 36%. O Médio Jaguaribe, onde se localiza o Castanhão — o maior açude do Estado —, acumula apenas 30%.
O Castanhão, que em 2018 atingiu seu volume mínimo histórico de 2,1%, registra hoje 29% de sua capacidade total. Mesmo assim, sua utilização para o abastecimento da capital cearense permanece suspensa, graças ao bom desempenho dos açudes Pacoti, Pacajus, Riachão e Gavião, que seguem garantindo o fornecimento de água à RMF.