Compartilhar
Publicidade
Publicidade
Ceará impulsiona crescimento de geração de energia limpa no Nordeste
Juazeiro do Norte ocupa a terceira posição no estado em número de unidades geradoras de energia
Cícero Dantas
Foto: Natinho Rodrigues

A energia solar tem apresentado crescimento no Brasil nos últimos anos. Uma das regiões que tem se destacado é a região Nordeste, que possui o maior volume de potência instalada em 7,4 GW, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O Ceará também tem se destacado no setor, especialmente na geração de energia em imóveis de pequeno e médio porte.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), o Nordeste foi a região que criou, até o momento, a maior quantidade de empregos no setor: 198 mil admissões realizadas desde o início da expansão da fonte de energia limpa no país.

A região é destaque tanto por causa de seus grandes parques de geração quanto pelas instalações em imóveis de pequeno e médio porte, como residências, estabelecimentos comerciais e industriais. Característica essa que tem elevado o Ceará a se tornar destaque no setor na região.

No mapeamento da ABSOLAR, o estado já ultrapassou 75,9 mil conexões de geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos e possui 862,2 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Ceará a atração de R$ 4,3 bilhões em investimentos, geração de mais de 25 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Atualmente, são mais de 96,3 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz e maior autonomia e confiabilidade elétrica.

 “O estado do Ceará é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comentou o Coordenador estadual da ABSOLAR no Ceará,  Jonas Becker.

 

Painel solar instalados em empresa de Juazeiro do Norte. Foto: Ascom Solaresp

O mercado no Cariri cearense 

De acordo com a Sindienergia, a região do Cariri é considerada uma das mais promissoras do estado para geração de energia solar. Juazeiro do Norte ocupa a terceira posição no estado em número de unidades geradoras de energia: já são quase 3.700 residências e comércios gerando sua própria energia, beneficiando mais de 4.400 unidades receptoras. Apenas Fortaleza e Eusébio superam essa marca no Ceará.

O mercado do Cariri tem muito potencial pois além da região ser bastante propícia para o ramo de energia solar, hoje ela se tornou bem mais acessível para a população que luta contra tantos aumentos abusivos das concessionárias de energia”, comentou a Analista da Solaresp, empresa de energia solar em Juazeiro do Norte, Victória Laís. 

De acordo com Victória, em 2023, houve uma queda no preço das placas de energia, devido ao excesso de capacidade produtiva vinda da China. A queda impactou positivamente o chamado ‘payback’, indicador que mostra em quanto tempo o consumidor irá recuperar o valor investido em determinados projetos ou negócios.

Houve um impacto positivo no retorno do investimento em 25%, devido à queda do preço das placas. Ou seja, não há dúvida de que o retorno de investimento é bastante gratificante. A energia solar além de trazer benefícios para o meio ambiente, traz tranquilidade para o bolso da população, que assim, não corre risco de passar por reajustes absurdos nas contas”, comentou.

Além do retorno financeiro, a profissional destacou o valor ambiental da energia solar, uma fonte de energia limpa e renovável. “O avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental. Sendo uma fonte de energia limpa e renovável, que não emite gases de efeito estufa durante a geração de eletricidade. Além disso, contribui para diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população”, concluiu Victória.

Compartilhar
Comentar
+ Lidas
Publicidade