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Ceará registra 4 casos de febre maculosa em 2023
Os casos foram detectados nas cidades de Guaramiranga (3) e Pacoti (1).
Yanne Vieira
Foto: Paddock James Gathany / CDC - Reprodução

Entre janeiro até esta quarta-feira (14), o estado do Ceará registrou quatro casos confirmados de febre maculosa. A Secretaria de Saúde do estado recebeu 14 notificações da doença, mas não houveram registros de óbitos. Os casos foram detectados nas cidades de Guaramiranga (3) e Pacoti (1).

A doença é transmitida através de contato com carrapato infectado pela bactéria do gênero Rickettsia. No Brasil, 53 casos já foram confirmados, provocando 8 óbitos, a maioria foi localizada no estado de São Paulo.

Cenário estadual

Entre 2010 e 2022, foram notificados 234 casos suspeitos no Ceará, 36 destes foram confirmados como febre maculosa. O primeiro registro da doença foi em 2010, no município de Aratuba, Maciço de Baturité. A região é composta por 13 municípios, dos quais, oito foi realizado vigilância ambiental para riquetsioses, representando 4,3% do território cearense.

Pelo menos 12 espécies de carrapatos foram catalogadas no Ceará até 2021, 7 (58,3%) foram encontradas infectadas naturalmente com Rickettsia spp, que pode levar a transmissão da febre maculosa.

De acordo com o boletim da Sesa, a doença é observada em áreas urbanas e rurais, sendo que a população mais atingida inclui homens com idade entre 20 e 49 anos e que foram expostos a carrapatos de animais domésticos e/ou silvestres.

Orientações para áreas de foco de Febre Maculosa

  • Nos locais com casos de febre maculosa, recomenda-se o uso de vestimentas que evitem o contato com os carrapatos. Recomenda-se que as vestimentas (inclusive calcados e meias) sejam de cor clara, a fim de facilitar a visualização do vetor;
  • Em áreas não urbanas, utilizar macacão de manga comprida, com elástico nos punhos e tornozelos, meias e botas de cano longo. A parte inferior do macacão deve ser inserida dentro das meias. Vedar as botas com fita adesiva de dupla face ou passar uma fita invertida na bota de tal forma que a parte aderente da fita fique virada para fora;
  • Em área urbana, utilizar camisa de manga comprida com punhos fechados. Calça com a parte inferior inserida dentro das meias e vedada com fita adesiva. Calcados fechados e de cor clara;
  • Repelentes podem ser aplicados à roupa e aos calçados;
  • Vetores detectados nas roupas devem ser coletados com o auxílio de pinça ou utilizando-se fita adesiva;
  • Não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e contaminar partes do
    corpo com lesões;
  • Examinar o próprio corpo a cada 3 horas, a fim de verificar a presença de carrapatos e retira-los, preferencialmente, com o auxilio de pinça. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Manter vidros e portas fechados em veículos de transporte na área de risco.
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