Foto: Ascom CBMCE
Entre os meses de fevereiro e março deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) resgatou 976 cobras em todo o território estadual. O número representa 60% dos animais salvos pela corporação durante o período. Somente em fevereiro, foram 472 atendimentos do tipo. No mês seguinte, 504 salvamentos.
De acordo com o CBMCE, a quadra chuvosa aumenta a incidência desses répteis em áreas urbanas e rurais, principalmente devido a presença de ratos, seu principal alimento. Já no começo do segundo semestre, entre julho e agosto, a grande presença dos animais se deve ao período de reprodução.
O tenente-coronel Giuliano Rocha, assessor de comunicação do CBMCE, relata que “na roça, muitas pessoas não usam bota, luva e, quando limpam o terreno ou pegam em madeira, não olham direito o local”, ainda segundo o oficial, “nas cidades, está se tornando comum se encontrar cobra em motor de carro”, conta.
Conforme o levantamento do CBMCE, a maioria das vítimas picadas por cobras é do sexo masculino, com idades entre seis e 70 anos, e são moradores da zona rural. Os locais de maior perigo são ambientes úmidos ou próximos a cursos de água, com ampla vegetação rasteira.
Ainda segundo a corporação, a cobra venenosa encontrada com mais frequência é a jararaca. Já a espécie cascavel aparece mais em regiões secas, áridas e com muitas pedras. A cobra-coral é mais urbana e geralmente permanece onde há muito lixo, se estabelecendo na maior parte das vezes em local subterrâneo.
O que fazer?
As cobras só atacam seres humanos quando se sentem ameaçadas. Para o CBMCE, o que é preciso fazer ao avistar um desses animais é desviar do caminho. Em área de vegetação, a recomendação é utilizar um bastão ou vara longa para manipular objetos, plantas ou qualquer coisa que possa esconder algo embaixo. Manter o quintal de casa limpo e sem acúmulo de lixo também é uma forma de evitar a aproximação desses animais.
Para acionar o CBMCE, basta ligar 193. Até a chegada dos militares, o solicitante deve isolar o local e, se possível, fotografar ou filmar o animal, com zoom principalmente na cabeça, para identificação, em caso de picada.

