O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal de Júri de Fortaleza condenou a escrivã da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), Regina Lúcia de Amorim Gomes, a 16 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Ela foi julgada nessa segunda-feira (4) como a mandante do assassinato da advogada Maria Daniele Ximenes, em 22 de junho de 2012, em Fortaleza.

Conforme a denúncia do promotor de Justiça Marcus Renan Palácio de Morais Santos, a servidora encomendou a morte da advogada por insatisfação com o andamento de uma ação judicial. Daniele era responsável por um processo de inventário, o qual Regina Lúcia disputava judicialmente a partilha de bens do ex-companheiro.

Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), a policial civil contratou um homem para realizar o crime após ela demonstrar descontentamento com o andamento do processo. Apontado como o executor, Carlos Cley Rebouças Rocha está preso em Manaus (AM) e ainda será julgado.

Regina Lúcia foi condenada por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena será cumprida em regime fechado, a pedido do MPCE. Regina, porém, ficará provisoriamente em prisão domiciliar e fará uso de tornozeleira eletrônica devido à idade e por estar em tratamento de saúde após um acidente vascular cerebral (AVC).