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Hemoce chega a marca de cem coletas de medula óssea
O material será utilizado em um transplante fora do estado
Yanne Vieira
Foto: Divulgação Hemoce

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), alcançou a marca de cem coletas de medula óssea alogênica, cujos doador e paciente não possuem parentesco. O material será utilizado em um transplante fora do estado.

De acordo com o Hemoce, Tiago de Melo (nome fictício) recebeu o contato para efetuar a doação do tecido 18 anos após o cadastro. Em 2005, ele doava sangue no Hemoce quando foi convidado para se inscrever no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

“A minha reação foi de bastante surpresa; a gente sabe o quanto a compatibilidade é difícil. Eu fiquei muito feliz por mim e pela pessoa que, até aquele momento, estava vivendo a angústia de esperar um doador”, afirma.

O órgão nacional é responsável pela busca de compatibilidade entre voluntários e pacientes que precisam de transplante. De acordo com a coordenadora de Captação de Doadores da unidade estadual, Nágela Lima, o hemocentro trabalha em parceria com o Redome para cadastrar as pessoas e ajudar a localizá-las quando houver necessidade de convocação.

Cadastro

A população pode se cadastrar em uma das unidades do Hemoce em Fortaleza ou no Interior. É preciso ter de 18 a 35 anos e não apresentar histórico pessoal de doenças oncológicas. Cerca de 220.000 mil voluntários já foram inscritos pelo hemocentro no Redome.

Oferecido à população cearense desde 2012, o serviço já enviou bolsas para outros estados e países. Das cem amostras de células recolhidas, 60 foram para transplantes em outros estados e 40, para outros países – como Argentina, Estados Unidos, Canadá, Itália, França, Portugal, Holanda, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Turquia e Israel.

“O serviço permite que pacientes sem doador na família e residentes em qualquer lugar do mundo tenham acesso ao tratamento curativo do transplante de medula óssea a partir das células-tronco coletadas pelo Hemoce de doadores voluntários e anônimos”, explica a diretora de Hematologia da instituição, Luany Mesquita.

Melo compartilha a sensação de ser o centésimo doador no Ceará. “Eu sei que estou ajudando alguém que não pôde ser ajudado por outra pessoa. Fiquei muito feliz com essa oportunidade. Precisamos ser a mudança que tanto procuramos nos outros, porque as pessoas não mudam com cobranças, e sim com o bom exemplo”, ensina o voluntário.

Nova lei qualifica busca por doadores

Com a promulgação da Lei nº 14.530 no início de 2023, os hemocentros brasileiros e o Redome agora podem solicitar dados de doadores de medula óssea a órgãos da administração direta e indireta da União, de estados e de municípios. A medida é uma alternativa quando não for possível localizar os voluntários por meio das informações cadastradas no Registro – ou quando estas estiverem desatualizadas.

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