Defesa de Jair Bolsonaro e críticas à Justiça

Logo no início, Michelle abordou a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro — declarado inelegível pelo TSE até 2060. Em tom de indignação, ela classificou as decisões contra ele como “injustas” e afirmou que o marido “teve seus direitos políticos arrancados”.

A ex-primeira-dama relatou dificuldades emocionais vividas por Bolsonaro nos últimos meses e citou o episódio em que, segundo ela, o ex-presidente “não conseguiu fazer o signo da cruz” durante um culto.

Ela também criticou as acusações envolvendo presentes oficiais, especialmente o caso das joias, e agradeceu ao filho Jair Renan por apoiar o pai no momento de maior desgaste.

Crítica à direita que busca alianças fora do PL

Um dos momentos de tensão aconteceu quando Michelle criticou a aproximação de setores da direita com grupos que ela considera adversários no Ceará.

Durante o evento, ela afirmou ter respeito e proximidade política com André Fernandes e outros aliados citados, mencionando nomes como Nicolas, Carmela e Carmelo. Ela declarou sentir orgulho do grupo, mas disse não considerar possível formar aliança com alguém que, segundo ela, se posiciona contra o que chamou de “maior liderança da direita”.

“Hoje eu vi nas redes sociais pessoas dizendo que são da direita tirando foto com quem nos chama de golpistas. Isso me fere. Isso fere a bandeira que levantamos. Não vim aqui para servir a dois senhores”, declarou.

Por fim, ela afirmou defender pacificação e unidade interna, mas disse que, na avaliação dela, ainda não houve um gesto equivalente por parte de outro ator político mencionado, ao afirmar que “a pessoa não levanta a bandeira branca”.

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Apoio a Eduardo Girão

A parte final do discurso foi dedicada ao senador Eduardo Girão, apresentado por Michelle como o nome mais alinhado ao projeto político do PL para o Ceará.

“O que o Ceará precisa é de um homem de bem, um homem corajoso, honesto, que não se vende e não negocia valores. O Ceará precisa de Eduardo Girão”, afirmou.

Ela fez um apelo público para que o partido unifique forças em torno da pré-candidatura dele e afirmou que o senador representa o que chamou de “renovação moral e espiritual” do estado.