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No Ceará, número de incêndios em vegetação cai em relação a 2021; situação ainda é de alerta
Esse cenário está diretamente relacionado ao grande volume de chuvas registrado no Ceará
Yanne Vieira
Foto: Ascom CBMCE

O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) divulgou, nesta segunda-feira (23), o balanço dos incêndios em vegetação registrados no 1º quadrimestre de 2022, em todo o estado. Apesar da sensível redução em relação aos dados do mesmo período de 2021, os números permanecem superiores a 2019 e 2020.

De acordo com os dados do CBMCE, as maiores quedas mensais foram observadas nos meses de março e abril do corrente ano. Em síntese, os dados se encontram próximo aos dados de 2020.

Foto: Reprodução CBMCE

Esse cenário está diretamente relacionado ao grande volume de chuvas registrado no Ceará. Em pouco menos de 4 meses, o estado se aproxima da média pluviométrica anual.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), entre os primeiros meses do ano, até 18 de maio, o estado já contabilizou 732,6 milímetros de chuva, representando 93% de todo o volume esperado para o ano.

Mardens Vasconcelos, tenente-coronel, explica que “quando há chuva, consequente o solo e vegetação ficam úmidas o que dificulta a ocorrência de incêndios”. Ele também aponta que as temperaturas mais amenas e a alta umidade do ar são fatores que igualmente favorecem a queda no número de queimadas.

Certamente, mais de 90% dos incêndios florestais são de origem antrópica, então é viável reduzir estes índices, acredito ser fundamental investir em educação ambiental. Mas também em suporte aos agricultores para que não ateiem fogo”, afirma o oficial.

Para o tenente, o segundo semestre apresenta condições favoráveis para o aumento dos incêndios, “como redução das chuvas, aumento das temperaturas e baixa umidade do ar”, comenta Mardens.

Um primeiro semestre com bom volume de chuva, influencia no aumento de queimadas nos meses finais do ano. “Isso acontece devido ao aumento do material que pode ser queimado. Isto é, com mais chuvas, maior são as áreas com vegetação, e estas ficam mais suscetíveis aos focos”, finaliza o comandante da 5ª Companhia do 3º Batalhão de Bombeiros Militar (5ªCia/3ºBBM).

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