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PF investiga esquema de lavagem de dinheiro envolvendo liderança de facção criminosa no Ceará
Operação Espelho Branco 2 acontece nesta sexta-feira (12)
Yanne Vieira
Foto: Reprodução Polícia Federal

Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a operação Espelho Branco 2, com o objetivo de desmantelar esquema criminoso de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e outros crimes. A investigação envolve liderança de facção criminosa com suspeita de movimentação ilícita milionária no Estado do Ceará.

60 policiais federais cumprem 9 mandados de busca e apreensão, 6 mandados de prisão temporária, além de mandados de sequestro de bens e valores. Os domicílios investigados são localizados em Fortaleza, Eusébio, Aquiraz, Itarema e Santa Quitéria, no Ceará, em São Paulo (capital), e em Maceió, Alagoas.

De acordo com a PF, as buscas têm como objetivo apreender documentos e mídias para instrução de Inquérito Policial que deve individualizar a atuação dos suspeitos, encontrar participação de terceiros e interpostas pessoas (laranjas), realizar o levantamento integral e apreensão de valores e patrimônio ilícito movimentado decorrente de lucros de crimes anteriores.

A primeira fase da operação foi deflagrada em novembro de 2021, e resultou na prisão de liderança da facção criminosa, além do cumprimento de mandados de busca em 3 mansões em condomínios de luxo em Eusébio e Fortaleza, de acordo com as investigações, uma delas foi adquirida pelo suspeito por 3,6 milhões de reais no mesmo ano.

As investigações desenvolvidas na segunda fase da operação apontaram indícios de atuação da organização criminosa no Ceará para dissimulação da propriedade de bens, movimentação de recursos ilícitos, e integração no mercado formal de recursos oriundos do tráfico de drogas e outros crimes antecedentes.

A Polícia identificou a atuação dos investigados para ocultar origem ilícita de recursos através de transações comerciais com valores expressivos, entrelaçamento e confusão nos negócios; uso de documentos falsos e interpostas pessoas; reuniões de criminosos em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas com atos dos suspeitos que ostentavam riqueza de forma incompatível com qualquer atividade lícita.

Os investigados poderão responder pelo cometimento dos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas inscritos nos artigos 1º da Lei nº 9.613/98, 2º da lei 12850/13 e 33, 35 e 40 da lei 11343/06, com penas de até 40 anos de prisão.

A justiça determinou judicialmente o bloqueio de valores nas contas dos suspeitos, sequestro de imóveis de luxo em valores superiores a 5 milhões de reais e veículos em valores superiores a 2 milhões de reais.

O nome da operação remete às identificações falsas utilizadas pelos investigados. As investigações continuam com análise do fluxo financeiro dos suspeitos e do material apreendido.

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