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Dia da Consciência Negra: 5 filmes cearenses que celebram a negritude e a ancestralidade
Em homenagem à data — marcada por resistência, memória e ancestralidade — o Portal Miséria/M1 reuniu cinco filmes cearenses que refletem sobre a importância da negritude no estado.
Nathalie Fernandes
"Visões do Império"; "A Rebelião dos Jangadeiros"; "Negro lá, negro cá". | Foto: Reprodução

O Dia da Consciência Negra é feriado nacional desde 2023. A data marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola que simboliza a luta contra a escravidão no Brasil. Criado em 1971, o dia foi incorporado ao calendário escolar em 2003 e transformado em data comemorativa nacional em 2011, até ser finalmente oficializado como feriado nacional em 2023.

Antes da lei, o feriado era adotado apenas em seis estados e cerca de 1,2 mil municípios. Em 2024, pela primeira vez, todos os 26 estados, o Distrito Federal e os mais de 5.500 municípios brasileiros celebraram o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

Em homenagem à data — marcada por resistência, memória e ancestralidade — o Portal Miséria/M1 reuniu cinco filmes cearenses que resgatam, valorizam e refletem sobre a importância da negritude no estado. Confira:

Sankofa Gesso (2023)

Sankofa Gesso

O documentário retrata a realidade da Comunidade do Gesso no Cariri cearense. | Foto: Reprodução/Youtube

O documentário, dividido em cinco vídeos, reúne depoimentos de antigos moradores, professores, artistas e lideranças da Comunidade do Gesso, no Crato (CE), região do Cariri. Além das entrevistas, as imagens mostram casas de palha e de taipa, manifestações culturais, antigos casarões, estruturas históricas e a ferrovia — elementos que revelam a forte presença negra e indígena que molda a identidade local.

A Rebelião dos Jangadeiros (2025)

Rebelião dos Jangadeiros

magem mostra cena da gravação do longa-metragem, “A rebelião dos Jangadeiros” de 2025. | Foto: Divulgaçaõ/Dégagé

O longa revisita a Greve dos Jangadeiros, marco decisivo para o processo de abolição no Ceará. O filme reconstrói o episódio de 1881, quando jangadeiros cearenses se recusaram a transportar pessoas escravizadas para navios que as levariam a novos “donos” no Sul e Sudeste do país. A rebelião ocorreu nos dias 27, 29 e 30 de janeiro, na então Praia do Peixe — hoje conhecida como Praia de Iracema, em Fortaleza.

 

Visões do Império (2022)

Documentário Visões do Império

Fotografias mostradas no documentário, | Foto; Reprodução

O documentário analisa o império português a partir de registros fotográficos produzidos do fim do século XIX até a Revolução dos Cravos, em 1974. As imagens revisitam os impactos, contradições e marcas da colonização — incluindo seus reflexos nas sociedades negras e colonizadas.

 

Negro lá, negro cá (2015)

NEGRO LÁ, NEGRO CÁ é um documentário que mostra a visão de quatro imigrantes africanos, residentes em Fortaleza – CE.

O curta- metragem discute o racismo enfrentado por quatro imigrantes africanos em Fortaleza. | Foto: Reprodução

A produção acompanha quatro imigrantes africanos que vivem em Fortaleza e enfrentam o racismo, seja em manifestações explícitas ou expressas de forma sutil no cotidiano. O filme, disponível no Youtube, destaca a experiência de ser negro em uma sociedade que ainda reproduz estruturas discriminatórias.

Um Lugar Chamado Aruanda (2025)

O documentário de 2025 dirigido por Kiko Alves explora a ancestralidade negra no Ceará,

documentário de 2025 dirigido por Kiko Alves explora a ancestralidade negra no Ceará, | Foto: Joélia Braga / Divulgação

O longa acompanha uma jornada que entrelaça histórias pessoais do diretor Kiko Alves e vivências coletivas de comunidades tradicionais. A obra evidencia a força da cultura e dos costumes afro-brasileiros, dando visibilidade a narrativas que, muitas vezes, são mantidas à margem.

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