Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que “as verdadeiras vítimas [da operação] foram os quatro policiais”. A declaração foi feita após a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), na Zona Norte do Rio, que resultou na morte de pelo menos 128 pessoas, entre civis e quatro policiais.
Durante a coletiva, o governador destacou os agentes mortos como ‘guerreiros que deram a vida para libertar a população’, e se solidarizou com as famílias enlutadas: “Rogo a Deus pela vida desses policiais e pelo conforto às suas famílias”.
Castro também defendeu a ação policial, destacando que recebeu apoio de “diversos governadores”: “Temos plena tranquilidade para defender tudo o que foi feito ontem e, caso alguém tenha cometido erro, também estamos à disposição da lei. Qualquer um que tenha se afastado dos ditames legais terá a lei como seu grande guarda-chuva e arcabouço”, afirmou o governador.
Quem são os policiais
Até o momento, foram confirmadas quatro mortes de policiais:
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita);
- Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
- Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope;
- Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.
Operação Contenção
A ação, realizada nesta terça-feira (28), faz parte de uma iniciativa do governo do estado, batizada de Operação Contenção, que tem como objetivo combater o domínio do Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
Cerca de 2.500 agentes das forças de segurança participaram da operação, que visava cumprir aproximadamente 100 mandados de prisão. Até o momento, foram registradas 81 prisões e apreendidos 93 fuzis.
Até agora, 128 mortes foram registradas. Desse total, 64 corpos constavam no último balanço divulgado pelo governo do Rio de Janeiro.

