
Foto: Reprodução
Faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, um dos nomes mais reverenciados da fotografia documental no mundo. A causa da morte não foi divulgada oficialmente, mas, segundo amigos próximos, ele enfrentava complicações decorrentes de uma malária contraída na década de 1990, durante uma viagem à Indonésia.
A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização ambiental fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. Em nota, a instituição destacou o legado de Salgado:
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade.”
Em 2024, Salgado havia se aposentado do trabalho de campo, alegando que seu corpo já sentia os impactos de décadas fotografando em ambientes hostis e desafiadores.
Reconhecido por seu estilo marcante em preto e branco, Salgado transformou a fotografia em um ato de denúncia e contemplação. Seus registros de trabalhadores, refugiados, povos indígenas e cenários naturais devastados emocionaram e impactaram o mundo. Entre seus ensaios mais famosos estão “Trabalhadores”, “Êxodos” e as icônicas imagens da Serra Pelada, na década de 1980.