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O novo líder da Igreja Católica foi escolhido na última quinta-feira (8). O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito pelos membros do Colégio Cardinalício como sucessor do papa Francisco. Natural de Chicago, nos Estados Unidos, ele adotou o nome Leão XIV, com o qual será conhecido a partir de agora.
A escolha do nome papal é um dos momentos mais simbólicos do ritual de sucessão e marca o início de uma nova missão espiritual. A escolha é feita pelo próprio pontífice, geralmente inspirada em antecessores, santos ou referências bíblicas. A tradição remonta ao próprio Jesus Cristo, que trocou o nome do apóstolo Simão para Pedro, sinalizando uma nova missão e identidade.
Ao longo da história da Igreja, diversos nomes papais foram repetidos — alguns com muito mais frequência que outros. Você sabe quais são os mais comuns?

Foto: Vaticano
Nomes mais usados
Em teoria, o pontífice pode optar por manter seu nome de batismo, mas essa prática não ocorre desde o século XVI, com a eleição do Papa Adriano VI. A tradição de adotar um novo nome começou em 533, com João II, que evitou manter o nome Mercúrio.
Os nomes escolhidos pelos papas geralmente refletem devoção religiosa e continuidade histórica. Entre os mais repetidos ao longo dos séculos estão:
- João: 21 vezes
- Gregório: 16 vezes
- Bento: 16 vezes
- Clemente: 14 vezes
- Leão: 14 vezes
- Inocêncio: 13 vezes
- Pio: 12 vezes
Nomes raros
A maioria dos papas opta por escolher nomes que já foram utilizados anteriormente. No entanto, alguns preferem adotar nomes inéditos, como foi o caso de Jorge Mario Bergoglio, que escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco, em 2013.
Ao longo da história, outros pontífices optaram por nomes menos comuns, como Zacarias, Teodorico e Simplício. O nome Pio, por exemplo, caiu em desuso ao longo dos anos, em parte devido a polêmicas históricas, como as envolvendo o Papa Pio XII, que enfrentou duras críticas por sua postura durante o Holocausto.
O Papa João Paulo I, eleito em 1978, foi o primeiro a adotar um nome duplo, em homenagem a João XXIII e João XIII. Seu sucessor, João Paulo II, seguiu esse exemplo, mantendo a tradição de nomes papais compostos.