Foto: Daniel Torok / White House
Pete Hegseth, Secretário de Defesa dos Estados Unidos, utilizou suas redes sociais no dia 7 de agosto para se manifestar a favor do fim do voto feminino no país. O político publicou em seu perfil no X (antigo Twitter), uma parte da entrevista feita pela CNN com líderes evangélicos defendendo que mulheres deveriam perder o direito de votar e que a liderança política e familiar cabe exclusivamente aos homens.
O trecho do programa compartilhado era do pastor nacionalista e cristão, Doug Wilson, um dos fundadores da Comunhão das Igrejas Evangélicas Reformadas (CREC), sediada em Idaho, afirmando que gostaria de ver os EUA se tornarem “uma nação cristã” e, em uma escala maior, “um mundo cristão”. O religioso ainda exprimiu que mulheres não deveriam ocupar cargos de liderança ou combate nas Forças Armadas.
Uma mulher afiliada à CREC, também entrevistada para o programa, comentou que considera o marido o chefe da família. “Eu me submeto a ele”, acrescentou.
Quando Peter publicou o vídeo de quase sete minutos em seu perfil, adicionou a legenda ‘Tudo de Cristo para toda a vida’. No dia 9 de agosto, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, disse em comunidade à imprensa dos Estados Unidos que o secretário de Defesa é “um orgulhoso membro de uma igreja afiliada à CREC”, fundada por Wilson, e que “aprecia muito muitos dos escritos e ensinamentos” do pastor.
Por outro lado, Doug Pagitt, pastor e diretor executivo da organização evangélica progressista Vote Common Good, declarou que as ideias apresentadas no vídeo refletem “visões restritas a pequenas comunidades cristãs” e considerou “muito perturbador” que o chefe do Pentágono esteja dando visibilidade a esse tipo de pensamento.

