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Suspensão do contrato com o IHC chega à Câmara de Juazeiro do Norte e parlamentares mencionam necessidade de uma ‘CPI da Saúde’
A suspensão do contrato ocorreu após o início de uma investigação interna da Prefeitura sobre suspeitas de superfaturamento, caso que também é acompanhado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. 
Bruna Santos
Foto: Guto Vital / Portal Miséria.

Na última terça-feira (26), a Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte pautou a suspensão do contrato do município com o Instituto Heitor Coelho (IHC), que prestava serviços a pacientes com transtorno do desenvolvimento. A suspensão do contrato ocorreu após o início de uma investigação interna da Prefeitura sobre suspeitas de superfaturamento, caso que também é acompanhado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. 

Durante o uso da tribuna, a fundadora do IHC, Rosimeire dos Santos, contou a história da e anunciou a sua saída da presidência do Instituto. Foi uma decisão muito difícil, como é difícil para uma mãe deixar o filho caminhar com as próprias pernas. Mas também é um ato de amor. O Instituto precisa continuar crescendo, se reinventando, abrindo portas, que talvez eu já não tenha mais fôlego para abrir”, disse.

Ainda, segundo Rosimeire, seu maior desejo é que toda a situação seja esclarecida. Em entrevista ao Portal Miséria no dia 22 de agosto, ela já havia mencionado estar passando por uma “injustiça” diante das suspeitas

Sara Raquel dos Santos, mãe atípica, também utilizou a tribuna, mencionando que além das questões administrativas é preciso olhar de forma humana. Em sua fala, citou aspectos como o fim do vínculo com o profissional , a quebra de rotina dos pacientes e a insegurança na garantia das terapias, tendo em vista a fila de espera. Quando a suspensão foi anunciada,  a Secretaria de Saúde iniciou o recadastramento das famílias para transferir os atendimentos a outras clínicas conveniadas e a equipamentos municipais.

“Quero que vocês tenham um olhar humano. O Instituto está em investigação, eu sei, continuem com a investigação, esse é dever de vocês do município. Mas não prejudique nossas crianças”, solicitou.

No momento, o vereador Lukão  (PSDB) questionou o motivo da Secretaria de Saúde ter renovado o contrato com o IHC no dia 11 de junho de 2025, e no dia seguinte (12), ter realizado a denúncia de suspeita de superfaturamento. O parlamentar disse que é preciso investigar a fundo o caso, e chegou a mencionar a necessidade de uma CPI da Saúde.

Alguns parlamentares como Rita Monteiro (PSB), Auricélia Bezerra (PSB), Capitão Vieira (MDB), Barbosa Neto (PT) e Vinicius Duarte (PSD) chegaram a mencionar que assinariam o documento para a instauração de uma possível CPI.

De acordo com o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) conforme informações repassadas em live, no dia 21 agosto, a Controladoria está fazendo a investigação interna e não é possível repassar recursos para o Instituto se houver indícios de irregularidades. “Porque, uma vez se confirmado lá na frente, quem repassou dinheiro indevido responde também”, disse.

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