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Mais de 3,4 milhões de cearenses enfrenta insegurança alimentar, aponta IBGE
O levantamento mostra que 206 mil lares cearenses viviam em situação de insegurança alimentar grave no último trimestre de 2023
Cícero Dantas
Foto: Fábio Tito/ g1

A insegurança alimentar atingia cerca de 1,1 milhão de famílias cearenses, no último trimestre de 2023. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25).

Segundo o IBGE, mais de 3,4 milhões de cearenses convivem com a redução na quantidade de alimentos consumidos ou com a ruptura em seus padrões de alimentação. Cerca de 2,1 milhões de habitantes vivem com situação de insegurança alimentar leve. Isso significa que há preocupação ou incerteza em relação aos alimentos no futuro, além de consumo de comida com qualidade inadequada de forma a não comprometer a quantidade de alimentos.

724 mil pessoas convivem com a insegurança alimentar moderada no estado. Ou seja, há uma redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.

Por fim, a situação mais severa é a insegurança alimentar grave , vivido por 546 mil cearenses, que representa uma redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças.

A metodologia da pesquisa envolve um questionário sobre a situação alimentar do domicílio nos 90 dias que antecederam a entrevista. O domicílio é, então, classificado em quatro níveis, segundo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. O grau segurança alimentar demonstra que aquela família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente.

Números nacionais

Conforme o IBGE, cerca de 152 milhões de brasileiros encontravam-se em alguma situação de insegurança alimentar. O grau insegurança alimentar leve afetava 43,6 milhões de pessoas; a insegurança alimentar moderada atingia 11,9 milhões; enquanto 8,7 milhões de pessoas, estavam em situação grave.

Na comparação com o último levantamento sobre segurança alimentar, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2017 e 2018, houve uma melhora na situação. O percentual de domicílios em situação de segurança alimentar subiu de 63,3% em 2017/2018 para 72,4% em 2023. Já aqueles que apresentavam insegurança alimentar moderada ou grave recuaram de 12,7% para 9,4%. A insegurança alimentar leve também caiu, de 24% para 18,2%.

Norte e Nordeste concentram maiores % de insegurança

Ao analisar as regiões do país, o IBGE concluiu que Norte e Nordeste tiveram proporções de domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave bem superiores às outras regiões em 2023:

  • 16% no Norte
  • 14,8% no Nordeste
  • 7,9% no Centro-Oeste
  • 6,7% no Sudeste
  • 4,7% no Sul
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