O prefeito do Barro, George Feitosa (MDB), tentou reduzir o desgaste político provocado pela operação “Varredura”, deflagrada na semana passada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), que investiga suspeita de desvio de recursos no contrato de limpeza urbana. Em entrevista a um portal de notícias local, ele afirmou que a ação não ocorreu apenas no Barro, buscando transferir a crise para outras prefeituras.

“Essa operação está sendo realizada em vários municípios, não apenas no Barro. Claro que tem um contexto midiático muito grande enfatizando o município do Barro, mas não é só aqui”, disse o prefeito, sugerindo que Juazeiro do Norte, Missão Velha e Caririaçu – cidades onde foram feitas apreensões – também seriam alvos diretos da investigação.

Na prática, o MP informou que essas cidades foram citadas apenas como locais onde houve buscas em endereços ligados a investigados, todos no contexto da apuração sobre o contrato de limpeza urbana do Barro, apontado como o foco central da investigação.

A operação, conduzida pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) com apoio da Polícia Civil, apura suspeita de desvio de mais de R$ 9 milhões dos cofres públicos por meio de falsas medições de serviços de limpeza urbana, prorrogações irregulares de contrato e possível favorecimento ilícito.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. A Justiça também determinou o afastamento de agentes públicos investigados e a suspensão do contrato com a empresa envolvida.