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Meio Ambiente

Yanne Vieira

Yanne Vieira é jornalista formada pela Universidade Federal do Cariri (UFCA). Possui pesquisas desenvolvidas nas áreas de Jornalismo Ambiental, Meio Ambiente e Ciência, com foco no território do Geopark Araripe. Desde outubro de 2021, jornalista do Site Miséria.

Meio Ambiente

Yanne Vieira

Yanne Vieira é jornalista formada pela Universidade Federal do Cariri (UFCA). Possui pesquisas desenvolvidas nas áreas de Jornalismo Ambiental, Meio Ambiente e Ciência, com foco no território do Geopark Araripe. Desde outubro de 2021, jornalista do Site Miséria.

2023 pode ser (o difícil) ponto de virada na política ambiental brasileira
Com os olhos do mundo voltados para o Brasil, o pleito desse ano é decisivo e põe em cheque o presente e o futuro
Foto: Felipe Werneck / Ibama

Quatro anos de políticas anti-ambientais e desmonte de instituições fiscalizadoras devem chegar ao fim em breve, pelo menos é o que apontam as pesquisas eleitorais. O governo de Jair Bolsonaro foi contra a biodiversidade, os indígenas, os ribeirinhos e basicamente tudo aquilo que é vivo.

O próximo presidente vai enfrentar um grande desafio para correr atrás do tempo perdido e da natureza destruída, o que não é tarefa fácil. Com os olhos do mundo voltados para o Brasil, o país deve e com caráter de urgência, implementar medidas e soluções para barrar os efeitos da crise climática.

Com recordes lastimáveis, a Amazônia teve mais de 36 mil focos de incêndio apenas em setembro, cerca de 120% a mais em comparação ao mesmo período do ano passado, isso sem contar a invasão de terras indígenas, mineração ilegal e assassinatos de lideranças e ativistas.

O ex-presidente Lula, e atual líder nas pesquisas, “esverdeou” seu plano de governo que teve, na sua reta final, a participação e o apoio de Marina Silva. Apesar de ser considerado um dos melhores entre os candidatos, em relação a agenda ambiental, ainda existem pontos de inflexão.

O primeiro deles é a aproximação do ex-presidente com o agronegócio, como o mesmo sempre lembra, durante seu mandato o agro foi um dos grandes beneficiados. Apesar das duras críticas que têm feito ao setor, Lula pisa em ovos, porque claro, não é possível ganhar votos deste lado com uma narrativa totalmente verde e contra o “maior PIB Brasil”.

Outro ponto importante a mencionar é a escolha do gás natural como parte da transição energética do país, que deve ser implantada como substituição de usinas hidrelétricas, mas apostar em combustíveis fósseis é continuar fazendo a manutenção das emissões de gases poluentes, enquanto o sol e o vento estão disponíveis e de graça.

A mea culpa foi assumida em relação ao desastre das hidrelétricas construídas no país, e em meio ao caos ambiental, social e econômico, o legado de destruição vai pesar ainda mais neste novo governo, especialmente com o orçamento delimitado pela atual gestão.

Bolsonaro ainda vai representar o Brasil na COP27 e talvez continue apresentando ao mundo um país fictício, onde não existe desmatamento, garimpo ilegal e queimadas, enquanto isso, as pendências ambientais se acumulam e pedem urgência para serem resolvidas.

O fato é que o meio ambiente tem que ser levado em consideração em todas as decisões, sejam elas econômicas ou sociais, e enquanto a sociedade não se ver como parte do meio ambiente, haverá injustiça.

Caro (e)leitor, antes de ir às urnas lembre que, para cada “vitória” humana, há uma vingança da natureza e como reagem os poderosos diante destas ameaças é a resposta que deve nortear a escolha de quem vai cuidar do nosso futuro, ou pelo menos garanti-lo.

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