O plano de governo divulgado pelo então candidato a prefeito Glêdson Bezerra (Podemos), em 2020, provocou embates acalorados entre oposição e base governista na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, durante esta semana. O assunto pautou as sessões plenárias da última terça-feira (9) e dessa quinta (11).

Tanto na terça quanto nessa quinta, Márcio Joias (PRD) apresentou vídeos de promessas de campanha não cumpridas pelo atual gestor. Ele lembrou de propostas que não saíram do papel, como a construção de um centro esportivo, reformas nos mercados públicos, instalação de semáforos inteligentes, entre outras.

“Mostrei o verdadeiro fazedor de promessas de Juazeiro, o verdadeiro estelionato eleitoral, aquele político que promete e não cumpre. Nenhuma dessas promessas foram cumpridas. É importante a gente mostrar para a população as falsas propostas para que as pessoas não sejam mais enganadas”, disse o vereador.

Rafael Cearense (Podemos), por outro lado, contestou o colega ao apresentar uma série de ações da atual gestão, como reformas de escolas e unidades básicas de saúde (UBSs). O líder do governo na Câmara chegou a dizer que as críticas de Márcio Joias são motivadas, segundo ele, por uma desavença com o prefeito.

“Nós tínhamos PSFs com décadas que não eram reformados, que eram pontos de drogas, e hoje conseguiu devolver esses serviços à população”, disse Rafael Cearense. “É uma cobrança exagerada que a gente percebe claramente que é uma briga pessoal com o prefeito”, acrescentou.

Nesta semana, Glêdson disse que ingressou com ação judicial nas esferas civil e criminal após Márcio Joias apresentar fotos de um suposto imóvel às margens do açude Umari, em Crato, que, segundo o vereador, pertenceria à família do prefeito. “Ou ele prova tudo isso ou ele não prova e precisa ser responsabilizado na forma da lei”, disse Glêdson.

Na Câmara, Márcio reforçou que críticas não têm motivação pessoal, e sim pela forma de administrar do prefeito. Ele ainda prometeu continuar com o posicionamento de oposição contundente durante seu mandato. “Se fosse briga pessoal a gente estava falando de nossas vidas pessoais”, justificou.